quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Araponga

Esta bonita ave, a Araponga, é comparada com o trabalho dos agentes de informações governamentais. A ave emite sons metálicos e estridentes. E aí, qual a identificação com os agentes secretos? Dizem que a Araponga vê muito,e de longe. E que quando ataca, não perde a presa. A conferir. E o internauta, o que diz a respeito? Dê a sua opinião. Mande a sua mensagem para cortez.melo@interjato.com.br que será aproveitada após a filtragem anti-spam.
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No bairro do Tirol, em Natal, há aves da família dos Cotingídeos.

A Araponga canta como

um espião trabalha?

Luiz Gonzaga Cortez Gomes (*)


 

Observando o noticiário da imprensa nacional , os seus estrangeirismos, as suas copiações, os seus modismos e suas frescurites, além dos artigos e ensaios sérios, proveitosos, históricos e/ou culturais. Diante da série de escândalos em diversas esferas , nos últimos meses, o me chama atenção é o emprego da expressão "Araponga" para designar o agente público ou privado que se dedica a investigações policiais, a ações de espionagens legais e ilegais. Sobre esses agentes policiais e militares dos DOPS e DOI-CODI e similares, a imprensa alternativa, no final dos anos setenta do século passado, criou o apelido pejorativo de "dedo duro", objetivando menoscabar o trabalho desenvolvido pelos "agentes secretos" do regime. Com o fim do regime autoritário, a imprensa começou a tachar os espiões do governo (da ABIN, PF, polícias civis e militares de todo o Brasil, sem distinção) de "araponga". Bom, eu fiquei matutando: qual a similaridade da ave (a araponga é nosso ferreiro, o sabiá, segundo um especialista) com o trabalho do espião que, no meu entendimento, trabalha em silêncio, clandestina e anonimamente? A araponga é uma ave de canto estridente e metálico.

Você duvida? Então, leiamos o mestre Aurélio, na página 106 da 6ª edição do seu Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa (exe. s/d): "Araponga, s.f. (Bras.) Ave da família dos Cotingídeos (Chasmarhyneus nudicolis), também chamada ferreiro e ferrador, notável pelo som metálico do seu canto; (fig.) pessoa de voz estridente ou que fala gritando". Alguma dúvida, ainda? Como, então, fazer-se a comparação? Estou procurando a resposta. Procurei encontrá-la nos versos da música de Penas do Tiê, graças a ajuda de Eugênio Lima, quase doutor quase em música. "Vocês já viram lá na mata a cantoria da passarada quando vai anoitecer/ E já ouviram o canto triste da araponga anunciando que na terra vai chover.

Já experimentaram gabiroba bem madura, já viram as tardes quando vai anoitecer

E já sentiram das planícies orvalhadas o cheiro doce da frutinha muçambê...". A composição é de Keckel Tavares, foi gravada por Luís Gonzaga e Fagner (este está sendo processado pela família de Heckel por plágio). Não achei nenhuma analogia. Procurei em vários sítios da internet, nada. O leitor vai se deliciar com as referências à araponga. Há um sítio que informa sobre plumagem, hábitos, alimentação e cuidados com a araponga, sendo que um deles aconselha a criar a ave em cativeiro, pois" a plumagem é bonita e fica muita mansa". "Araponga é conhecida em todo o Brasil pelo seu grito alto e estridente. Fora de São Paulo, em outras regiões do país, ela é conhecida por Guiraponga, Ferreiro ou Ferrador, sendo que esses dois últimos nomes vêm do seu grito, que imita com perfeição o trabalho de um ferreiro, primeiramente com uma lima e a seguir com a batida estridente de um martelo sobre a bigorna. O nome araponga é indígena e vem de ara (ave) e ponga (soar)". No Brasil, há as espécimes procnias nudicolis, desde a Bahia ao Rio Grande do Sul; as procnias averano (Roraima e Nordeste), cujo habitat natural são as árvores (as arapongas não gostam de descer ao chão). Elas são bonitas: tem as asas pretas, peito branco, cabeça marrom e vários apêndices carnudos que "nascem" do seu pescoço como se fossem barba, de onde vem seu nome popular de "Araponga de Barbela". A terceira espécie é a procnias Alba, que habita o Amazonas na região do Rio Negro , mas pouco se sabe sobre ela. O potiguar pode procurar araponga nas poucas matas do litoral. Em Natal, o ecologista pode armar o seu "alçapão" no antigo Morro das Almas, hoje apelidado de Parque das Dunas. Coisa muito fácil de fazer. O natalense Alberto Lima de Souza, médico, parente meu, criador de passarinhos desde a infância, disse que na mata do Tirol podem ser encontradas ferreiros e sabiás, "aves da mesma família, da família dos Cotingídeos (Contingidae. É o Procnias nudicolis. È provável que tenha habitadoem tempois idos a nossa mata atlântica, enquanto existiam frutas de sua alimentação, Já os sabiás são aves mais delicadas nos hábitos e no canto mavioso. São da família dos Turbídeos (gênero Turdus, família Turdidae). Há uma outra ave da família Mimidae, Imitador), conhecido como sabiá da praia (Mimus saturninus). Este é encontrado facilmente nas nossas praias, gostando mesmo do convívio humano. Defronte a casa de Regina (irmã de Alberto) vislumbrei um que cantava como ninguém. Em Natal, nas matas do Tirol, habitam em profusão duas espécies de Turdus: o Turdus amaurocalinus ( sabiá de bico amarelo, sabiá poca) e o Turdus fumigatus (sabiá da mata), o sabiá que vovó chorava quando ouvia o canto. Na nossa casa em Tirol, havia um ipê roxo que era habitado por um sabiá da mata que cantava como nenhum. Era este que vovó Zefinha evocava e imitava o canto, talvez se lembrando de episódios da sua infância. O sabiá laranjeira (Turdus rufiventris) também existe no Rio Grande do Norte, em sítios e fazendas, habitando capoeiras e fazendo seus ninhos próximos das habitações humanas. Bem, meu caro Gonzaga: é o que lhe posso informar por enquanto. Um abraço grande e sempre ao seu dispor. Do primo que lhe quer bem. Alberto Lima".

Também consultei o professor e linguista Roberto de Souza Lima, irmão de Alberto, outro homem que, além de compositor, músico, cantor e intelectual, sabe história geral. À minha pergunta sobre espionagem e arapongagem, no Brasil, ele respondeu o seguinte: "Sabemos que na Europa, desde muitos anos, o FALCÃO foi utilizado para enviar mensagens,algumas até codificadas, para evitar o seu conhecimento, caso a ave caísse em mãos inimigas. Essas aves, posteriormente adestradas até para a espionagem. Com a organização das "Inteligências", muitos agentes, por analogia, passaram a receber codinomes tipo: Falcão Dourado, depois "Á guia Azul", etc. Por uma mera conjectura, acredito que ARAPONGA seja apenas uma versão tupiniquim para denominar os agentes espiões, uma vez que essa ave é tipicamente brasileira. Grande abraço. Roberto Lima".

Cabe ao leitor tirar suas deduções. O que tem a ver araponga com um espião armado, desarmado, com gravadores, grampos para escutas telefônicas, malas de 30 mil dólares para escutas ambientais, binóculos e lunetas de longo alcance, carros com placas frias e películas fumês, novos e turbinados? O que tem a ver uma ave que vive sobre árvores, em áreas próximas ao litoral, com ar puro e se alimenta de frutos nativos com agentes da segurança

Interna e externa, com fones nos ouvidos, ouvindo as conversas alheias, com ou sem autorização judicial, no interior de salas com ar-condicionado? Você sabe? Então, diga, escreva.

*Luiz Gonzaga Cortez Gomes

É jornalista e pesquisador.


 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Uma cachoeira no meio do mato

Uma cascata em pleno semi-árido do Seridó do Rio Grande do Norte, no município de Currais Novos, a 150 quilometros de Natal, que poderia ser transformada num bom ponto turístico. O problema é a falta de visão dos administradores daquele município que nunca souberam aproveitar o potencial turístico da região. A área é conhecida como "Cachoeira da Pedra Água", pertence à psicóloga Lenira Xavier, que ainda não teve tempo para pesquisar e elaborar um planejamento estratégico para um possível aproveitamento empresarial nas terras herdadas do seu falecido, pai José Xavier Gomes. "O local é de dificil acesso, numa serra, sem nenhum benefício", disse Lenira, que não quer divulgação sobre a lagoa de "Pedra Àgua", cuja cachoeira é formada apenas nos períodos chuvosos. Mesmo assim, é do conhecimento público que muita gente vai tomar banho naquela lagoa após o inverno. Lenira disse que vai pensar no que fazer, inclusive já sugeriram que o local fosse transformado num parque estadual de preservação ambiental. Eu sugeri que procurasse o Sebrae e a Emproturn, pois, na minha modesta opinião, se for esperar por apoio da Prefeitura Municipal de Currais Novos nada irá prá frente. Luiz Gonzaga Cortez, jornalista.
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Cientista natalense

Este é o cientista de renome internacional Carlos Alberto Paz de Araújo, natalense da Cidade Alta, ex-aluno do Colégio Marista, detentor de mais de 300 patentes nos Estados Unidos Europa, Japão e China, um dos responsáveis pelos maiores investimentos na área de microeletrônica e informática (fabricação de chipes e cartões ferroelétricos) no Brasil (São Paulo e Rio Grande do Norte), em valores superiores a a 500 milhões de dólares. Na opinião de cienitstas brasileiros, Carlos Paz deveria ser indicado para o Prêmio Nobel.
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Rio Potengi

O velho bairro da Ribeira na década de 70 do século passado, em foto feita pelo mestre Gurgel, dos Escoteiros do RN e funcionário do Banco do Brasil, com o seu casario antigo e as palmeiras do Colégio Salesiano São José que foram arrancadas para dar espaço às quadras de esportes, a extinta Estação Rodoviária Presidente Kennedy, construída na administração de Djalma Maranhão.
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Hortêncio Nóbrega sugere cemitério em Candelária

Observando Candelária

05.02.2010

Platinum

O contrato leonino firmado entre a Platinum (academia de ginástica) e a diretor anterior do Conselho de Moradores de Candelária, em Natal/RN, está sendo denunciado judicialmente e o presidente do CONACAN, Victor Vale, compareceu à primeira audiência, na qual a advogada paulista da empresa de Diógenes e Ricardo Mesquita de Faria, não provaram que recolheram os famosos R$ 110 mil ao caixa da entidade, apesar de terem entregues os cheques a Ricardo Soares, ex-presidente do Conselho. O juiz mandou que o Unibanco apresentasse os extratos da conta do Conacan para ter a certeza de que o dinheiro não entrou na conta do Conacan. Se falava em 140 mil reais, mas agora, ao que parece, os representantes da Platinum não receberão a vultosa quantia de volta. Enquanto, isso Victor Vale fez uma auditoria e constatou que não existe documentos (balancetes, recibos, extratos bancários, etc ) das administraçôes passadas,nem o ex-contador do Conacan sabe onde está o" arquivo contábil".

Consultas

A prefeita Micarla de Souza, inteligente e experiente jornalista, bem que poderia iniciar 2010, após o carnaval, claro, com medidas que tragam bons resultados para a população. Antes, poderia reunir com os conselhos comunitários, associações e sindicatos, clube de serviços (maçonaria, Lions, Rotary, etc) e igrejas de todas as vertentes para ouvir as reclamações e reivindicações. Não perderá nada, caso organize a agenda.

Senado

Moradores de Candelária já discutem os dois nomes de candidatos que escolherão para o Senado. A tendência, segundo as primeiras sondagens informais nos bares, é que, mais uma vez, os nomes de José Agripino e Garibaldi Alves serão os mais votados, mas não será surpresa se der Vilma de Faria e Agripino Maia como os que ficaram na primeira posição. Vamos aguardar.

Rapidez

A equipe da PM que atuou na tarde de 5ª feira, 17.12.09, na rua Bento Gonçalves, após o furto de um aparelho celular de uma criança, merece aplausos. Rápida, silenciosa e eficiente, os dois PM, em viatura vinda do bairro de Lagoa Nova, sem ar condicionado, por volta de 13 horas, conseguiu prender o rapaz que agia em casas de jogos em computadores, em menos de 01 hora e levá-lo para a Delegacia de Felipe Camarão. Cinco dias depois o infrator continuava preso por ser reincidência.

Àrea verde

A praça abandonada ao lado da rua Marechal Rondon, ao lado do terreno onde funcionou o circo, está sendo alvo de sugestões. Uns querem que seja aproveitado para feiras de artesanato ou de produtos naturais, como a feira ecológica que funciona no Campus da UFRN. Para o morador Silmar Martins de Paiva, aquicultor, o bom seria uma área verde com parque infantil e um campo de futebol de verdade e não um buraco de areia. O terreno da Caern, onde está o presídio provisório de Candelária, também poderia ser uma horta comunitária para produção de gêneros alimentícios sem agrotóxicos. Paiva diz que o povo está consumindo com agrotóxicos produzidos em Campina Grande/PB e Floresta/PE. Haja veneno!

Calçadões

Já está nas metas da diretoria do Conacan a recuperação das calçadas públicas no entorno da Rua Manhã Parnasiana e outros logradouros. Um calçadão para a prática de caminhadas, ao lado de uma área verde, equipadas com bancos, é a reivindicação apresentada pelos moradores, tendo em vista que as velhas calçadas, construídas em 1976, estão em estados lastimáveis. Já houve casos de fraturas em idosos em alguns locais, por causa dos buracos, verdadeiras arapucas.

Cemitério

Hortêncio Nóbrega dá uma "singela" sugestão: "somente a transformação da área em cemitério público atrairá a atenção da Prefeitura para o local e dos moradores também". Segundo Hortêncio, com a medida radical, a Prefeitura dará uma destinação de alta necessidade, já que estão morrendo muitas pessoas, tornando o terreno dos fundos da Escola Gov. Walfredo Gurgel numa área de muita presença humana, de dia e de noite. Mas Aluizio Medeiros sugere que se acabe com os lixões, que a Prefeitura faça a limpeza das ruas de forma permanente, como é feita na Av. Prudente de Morais, diariamente.

Milicia

Outra sugestão de Hortêncio: uma Milicia popular. Objetivo: combater a violência e a criminalidade. As maiores vítimas são os comerciantes, os idosos, as mulheres e as crianças. Vamos ver se a idéia agrada às autoridades.

Iluminação

È precária em quase todo o bairro. E para completar o tráfego intenso de veículos provocou o surgimento de buracos e deslocamentos dos calçamentos. Há locais em que as pedras lançadas no meio da rua são causadoras de acidentes, estouros de pneus, etc. Os desmanches da pavimentação é notada em quase todo o bairro de Candelária.

Táxis

As duas "praças" de taxis só funcionam até às 18 horas, por motivos de segurança.Anoiteceu, os taxistas vão para a BR 101, ao lado da Agaé.

Luiz Gonzaga Cortez.